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Uso excessivo de telas pode reduzir massa cerebral

Uso excessivo de telas pode reduzir massa cerebral
Foto de Rod Lopes

Rod Lopes

O uso excessivo de telas não é mais apenas uma preocupação social ou educativa, é um problema que literalmente pode afetar a estrutura do nosso cérebro.

Estudos recentes apontam que o consumo desenfreado de conteúdo superficial, especialmente na internet, pode levar à redução da massa cinzenta e a uma série de prejuízos cognitivos.

Vamos explorar como isso acontece e o que podemos fazer para evitar essa “podridão cerebral”.

O que é “brain rot”? Um fenômeno mais literal do que parece

O termo brain rot (ou “cérebro podre”), eleito a palavra do ano em 2024 pelo Dicionário Oxford, descreve a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdo superficial.

Pesquisas revelam que o uso compulsivo de mídias sociais e entretenimento vazio pode encolher a massa cinzenta, reduzir a capacidade de atenção e enfraquecer a memória. Parece exagero? Não é.

Estudos comprovam que esses efeitos são reais e preocupantes. Imagine passar horas rolando o feed do Instagram ou assistindo vídeos curtos no TikTok e Youtube.

Essa busca incessante por novidades ativa mecanismos cerebrais que, ao longo do tempo, podem prejudicar funções essenciais, como tomada de decisões e controle de impulsos.

Tudo começou com o email e depois a rolagem infinita

A preocupação com os impactos das tecnologias digitais não é nova. Em 2005, pesquisadores da Universidade de Londres descobriram que o uso diário de e-mails e celulares causava uma queda média de 10 pontos no QI dos participantes – um impacto maior até do que o uso de maconha!

Agora, com a enxurrada constante de notificações, tweets, reels e stories, os danos podem ser ainda mais profundos.

Os aplicativos modernos são projetados para nos manter viciados. Segundo Michoel Moshel, pesquisador da Universidade Macquarie, nosso cérebro tem uma tendência natural a buscar novidades, especialmente informações alarmantes.

Essa característica evolutiva, que antes nos ajudava a sobreviver, agora nos prende em ciclos intermináveis de consumo digital.

Mudanças cerebrais: o impacto real do excesso de telas

Estudos de neuroimagem mostram que o uso excessivo da internet está associado à redução da massa cinzenta em áreas críticas do cérebro responsáveis por recompensa, tomada de decisões e controle de impulsos.

Essas alterações são semelhantes às observadas em dependências químicas, como álcool ou metanfetaminas.

Além disso, uma meta-análise com 34 estudos revelou um desempenho cognitivo inferior em pessoas que passam muitas horas diante das telas. Isso inclui dificuldades em manter a atenção sustentada – essencial para tarefas acadêmicas ou profissionais – e maior impulsividade.

Tempo médio diário em frente às telas (dados de 2021)

Faixa etáriaTempo médio diário
Pré-adolescentes5h33min
Adolescentes8h39min

Fonte: Common Sense MediaEsses números mostram como as gerações mais jovens estão particularmente vulneráveis aos efeitos negativos desse hábito.

A era digital e seu círculo vicioso

O uso excessivo das telas cria um ciclo difícil de romper. Pessoas com saúde mental debilitada tendem a consumir mais conteúdo superficial, o que agrava seus sintomas psicológicos.

Quanto mais tempo passamos conectados, mais difícil se torna reconhecer os danos e estabelecer limites.

Por exemplo, imagine alguém que se sente ansioso ou deprimido. Em vez de buscar ajuda ou desconectar-se para relaxar, essa pessoa recorre ao celular para distração – consumindo conteúdos muitas vezes tóxicos ou irrelevantes.

Isso não apenas piora os sintomas como reforça o comportamento prejudicial.

Como escapar dessa armadilha digital?

A boa notícia é que existem formas práticas de minimizar os impactos negativos:

  • Estabeleça limites claros: Defina horários específicos para usar dispositivos eletrônicos.
  • Priorize atividades offline: Esportes, encontros presenciais com amigos ou hobbies manuais ajudam a reequilibrar o cérebro.
  • Escolha conteúdos educativos: Evite conteúdos sensacionalistas ou viciantes.
  • Faça pausas regulares: A cada hora na frente da tela, reserve pelo menos cinco minutos para se movimentar ou descansar os olhos.

No marketing digital, por exemplo, sempre reforço a importância de criar campanhas equilibradas. Não adianta gerar engajamento se isso contribui para vícios digitais, é preciso pensar no impacto humano por trás dos números.

Hábitos saudáveis para reduzir o tempo de tela

  • Desative notificações desnecessárias.
  • Use aplicativos para monitorar seu tempo online.
  • Substitua momentos “ociosos” no celular por uma atividade manual, um passeio ao ar livre
  • Reuna-se com amigos e família
  • Frequente lugares com pessoas
  • Estabeleça zonas livres de tecnologia (como o quarto).
  • Reserve um dia na semana para desconectar completamente.

Hora de reconectar com o mundo real

A ironia da era digital é evidente: enquanto buscamos nos conectar mais através das telas, acabamos nos desconectando do mundo real – e até mesmo das nossas próprias capacidades cognitivas.

O conceito de “podridão cerebral” pode parecer assustador, mas também serve como um alerta poderoso. Talvez seja hora de lembrar que nossos cérebros foram projetados para explorar o mundo ao nosso redor – não apenas para consumir conteúdo infinito na palma da mão.

Então, feche este artigo (sim, depois dele!) e vá dar uma volta lá fora. Seu cérebro vai agradecer!

Foto de Rod Lopes

Rod Lopes

Desde o século passado, ajudando pessoas e empresas a se posicionarem melhor no mercado digital.

- Cursos Presenciais de diversos aspectos do marketing digital em Campinas.

- Desenvolvimento de Habilidades Digitais de Uso Profissional.

- Criação de Negócios Online, Marketing Digital e Inteligência Artificial.

- Minha atuação abrange desde a criação de sites, landing pages e lojas virtuais, gestão estratégica de tráfego pago e orgânico otimizado para motores de busca (SEO) até a implementação de soluções com Automação e Inteligência Artificial.

- Mentor de profissionais de marketing que buscam dar um UP na carreira.

Ensino tudo que faço, integrando conhecimento técnico e estratégico de alto nível sempre focado em resultados.

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