Se você acompanha o mercado digital há algum tempo, já deve ter percebido que posicionar um site no Google deixou de ser apenas um jogo de repetir palavras-chave.
Antigamente, quem gritava mais alto – ou repetia mais vezes o termo de busca – levava a melhor. Hoje, o buraco é mais embaixo.
É aqui que entra uma sopa de letrinhas que você precisa entender se quiser que seu negócio continue relevante: o E-E-A-T.
Não é nenhum bicho de sete cabeças, nem uma nova ferramenta paga que você precisa assinar. É basicamente a forma como o Google avalia se o seu conteúdo merece crédito ou se é apenas mais um texto vazio na internet.
A sigla vem do inglês e significa Experiência (Experience), Especialidade (Expertise), Autoridade (Authoritativeness) e Confiabilidade (Trustworthiness).
Trocando em miúdos, o buscador quer saber se você sabe do que está falando, se tem vivência real naquilo e se as pessoas podem confiar no seu site sem medo de levar um golpe ou ler uma informação errada.
Por que isso muda o jogo
O papel aceita tudo. Qualquer um pode criar um blog hoje e escrever um artigo médico dizendo que comer terra cura gripe. O trabalho do E-E-A-T é filtrar isso. O algoritmo busca sinais de que existe um humano qualificado por trás daquela tela.
Para quem tem empresa, isso é a diferença entre aparecer na primeira página ou ficar esquecido na página dez. O Google prioriza quem demonstra que entende do riscado.
Vamos para a prática
Para tirar isso do campo teórico, imagine uma empresa média que vende aromas para ambientes – difusores, velas, home sprays.
Se essa empresa apenas cria um texto genérico gerado por IA com o título “Benefícios da Lavanda”, ela não tem diferencial nenhum. O conteúdo é raso.
Agora, aplique o E-E-A-T nesse cenário:
Experiência: O dono da empresa ou o especialista em produtos escreve um artigo contando sobre a visita aos campos de lavanda, mostrando fotos reais da extração da essência e explicando como testaram 20 tipos diferentes até chegar no aroma do produto final. Isso prova que eles não estão apenas lendo a Wikipédia, eles vivem isso.
Especialidade: O texto não diz apenas que “cheira bem”. Ele explica a diferença química entre uma essência sintética barata que dá dor de cabeça e o óleo essencial que eles usam, citando as notas olfativas de saída e de fundo. Mostra conhecimento técnico profundo.
Autoridade: O blog da empresa recebe menções de sites de arquitetura ou revistas de decoração renomadas, indicando aquele difusor como o melhor para escritórios. Isso sinaliza para o Google que outros especialistas respeitam essa marca.
Confiabilidade: O site tem uma política clara de trocas, endereço físico visível no rodapé, selos de segurança (HTTPS) e depoimentos reais de clientes que compraram e receberam.
Percebe a diferença?
No primeiro caso, é só texto. No segundo, é construção de reputação digital.
Investir em E-E-A-T não é sobre agradar um robô. É sobre construir um ativo digital sólido. Quando você foca nesses quatro pilares, o rankeamento vem como consequência natural, porque você está entregando exatamente o que o usuário – e o Google – procuram: segurança e qualidade.