Parece que a cada seis meses a gente acorda e a internet mudou as regras do jogo, né? Se você trabalha com digital há algum tempo, já deve ter ouvido o clássico “o SEO morreu” umas duzentas vezes.
Spoiler: ele não morreu. Mas a mesa virou de novo e agora temos uma sigla nova para lidar.
Estou falando do GEO – ou Generative Engine Optimization.
Se você olhar para o cenário atual, as pessoas não estão mais apenas digitando palavras-chave no Google e clicando no primeiro link azul.
Elas estão conversando com o ChatGPT, perguntando para o Gemini ou usando aquelas novas visões gerais de IA que aparecem no topo das buscas.
O jogo mudou de “aparecer na lista” para “ser a resposta citada”. E é exatamente aqui que o GEO entra para separar quem vai continuar relevante de quem vai ficar falando sozinho.
O que é esse tal de GEO na prática
Basicamente, o GEO é o processo de ajustar seu conteúdo para que os motores de inteligência artificial entendam, confiem e, o mais importante, recomendem a sua marca.
Pense comigo. No SEO tradicional, a gente brigava por posições num ranking. O foco era palavra-chave, backlink e garantir que o Googlebot conseguisse ler seu site.
No GEO, a conversa é um pouco mais sofisticada. A gente está lidando com intenção e recomendação.
O objetivo não é apenas trazer tráfego, mas fazer com que a IA entenda que você é a autoridade naquele assunto e use seu conteúdo como base para responder a dúvida do usuário. Isso significa mais visibilidade dentro das respostas geradas por IA e, consequentemente, um tráfego muito mais qualificado.
Os pilares para não ser ignorado pelas IAs
Olhando para o que realmente funciona hoje e analisando o material que você me mandou, dá para perceber que não adianta apenas “escrever bem”. Tem uma técnica por trás que precisamos aplicar se quisermos ser citados.
A primeira coisa é entender as perguntas conversacionais. Antigamente a gente otimizava para “tênis de corrida”. Hoje, o usuário pergunta para a IA: “quais os melhores tênis de corrida para quem tem pisada pronada e quer gastar menos de 500 reais?”. Se o seu conteúdo não responder a essa nuance específica, a IA vai buscar a resposta em outro lugar.
Outro ponto que vejo muita gente errar é na estrutura do conteúdo. Para uma IA ler e sintetizar o que você escreveu, o texto precisa ser lógico. Não adianta enrolar. Use fatos diretos, citações claras e uma hierarquia que faça sentido. Se a máquina não conseguir “mastigar” seu conteúdo facilmente, ela não vai usá-lo na resposta final.
E talvez o ponto mais crítico aqui seja a autoridade, confiança, experiência e especialidade (EEAT). As IAs estão cada vez mais treinadas para filtrar bobagem. Elas priorizam fontes que demonstram expertise real e confiabilidade factual. Se o seu site é cheio de informações vagas ou duvidosas, você perde pontos nessa corrida.
A parte técnica que ninguém gosta (mas precisa fazer)
Não dá para falar de otimização sem falar do “capô” do site. O tal do Technical GEO é essencial.
Estamos falando de usar dados estruturados (Schema) e garantir uma arquitetura limpa. Isso é o que ajuda os motores generativos a conectar os pontos entre quem você é e sobre o que você fala. É como entregar um cartão de visitas para o robô dizendo exatamente o que você faz, para ele não ter que adivinhar.
Diferença rápida: GEO vs SEO
Para simplificar a vida e não ficar naquela teoria chata, pense assim:
No SEO (Search), você otimiza para um ranking. Você quer cliques. Seu foco são palavras-chave e a estrutura do site para ganhar posições na SERP (a página de resultados).
No GEO (Generative), você otimiza para respostas. Você quer menções e autoridade. Seu foco é contexto, precisão factual e ser a fonte primária da informação.
O futuro não é escolher um ou outro, mas entender como os dois conversam. O SEO garante que você seja encontrado; o GEO garante que você seja a referência recomendada quando a busca se torna uma conversa.
Como começar sem ficar maluco
Não precisa jogar seu site fora e começar do zero. A transição é mais suave do que parece.
Comece pesquisando o que as pessoas estão perguntando para as IAs sobre o seu nicho. Use ferramentas de IA para simular essas dúvidas. Depois, revise seu conteúdo: ele é claro? Ele é confiável? Ele cita fontes ou traz dados reais?
A internet está evoluindo para um modelo onde a resposta vem pronta. Se você quiser que essa resposta leve o nome da sua marca, comece a tratar o GEO com a mesma seriedade que tratou o SEO nos últimos dez anos.
É sobre ser a fonte, não apenas mais um link na multidão.