É impossível ignorar, e nem faria sentido, mas o Google Ads está virando a chave de uma vez por todas para a Inteligência Artificial em tudo que a gente faz, principalmente no marketing digital com tráfego pago.
A notícia do Ads Advisor e do Analytics Advisor, que usam o Gemini, é só mais um sinal bem forte de que o jogo mudou. Não é só sobre automação, é sobre ter um “parceiro” inteligente olhando seus dados.
Eu vejo isso como um ponto de inflexão para quem trabalha com campanhas anúncios no Google Ads, porque mexe naquilo que sempre foi a nossa maior dor de cabeça: a montanha de dados para analisar e a velocidade para reagir.
A ideia de ter um agente de IA no Ads e outro no Analytics, trabalhando juntos, é exatamente diminuir esse esforço braçal e focar no que realmente importa.
Acelerando o insight
Pensa comigo: quanto tempo você gasta mergulhado em relatórios do Analytics tentando entender porque a audiência caiu de repente, ou qual o exato motivo da performance dos anúncios ter oscilado? A gente perde horas caçando a agulha no palheiro.
O que o Google está propondo com esses Advisors é uma espécie de atalho. Em vez de você vasculhar mil gráficos, o agente de IA já te aponta, em linguagem natural, o que tá acontecendo.
Ele pode dizer, “olha, a queda de performance na campanha X tem a ver com uma mudança no comportamento do público Y, que parou de buscar o termo Z,” e já sugerir um ajuste. Não é só ver o dado, é interpretar e dar o próximo passo, às vezes até aplicando a correção sozinho se você der a permissão.
Além de conveniência, é produtividade pura. Libera a gente, que é humano, para fazer o trabalho que a IA ainda não consegue: pensar na estratégia macro, no criativo, em como inovar o produto ou serviço.
É tirar o analista da trincheira do dia a dia.
O lado humano da automação
Tem gente que fica com medo, achando que a IA vai tirar o emprego. Eu não vejo por esse lado, de verdade. O que ela faz é elevar o nível da exigência.
Se antes o diferencial era saber onde clicar no Google Ads e como montar um funil básico, agora a régua está mais alta.
O diferencial passa a ser a capacidade de questionar a IA. Entender o que ela está sugerindo, ter o repertório para saber se aquilo faz sentido para o seu negócio – que é único – e como usar essa nova inteligência para criar uma vantagem competitiva real.
Afinal, a IA é baseada em dados, e dados são passados. A vivência, o faro de mercado, a capacidade de prever uma tendência antes que ela vire um número no Analytics, isso continua sendo nosso. A gente vira o maestro de uma orquestra que agora tem instrumentos muito mais sofisticados.
Eu lembro de uma época, bem no começo, que a gente otimizava lance e palavra-chave na unha, dia após dia. Era exaustivo. A automação veio e mudou isso, mas o consultor ainda era essencial para calibrar.
Agora, a IA está se tornando o próprio calibrador. O nosso papel evolui para o de estrategista de alto nível.
Quem não se adaptar a essa velocidade e a essa profundidade de análise que a IA oferece, vai ficar para trás. O Google deixou bem claro: a automação avançada e a inteligência preditiva são o futuro, e isso começa agora.
É pegar ou largar, de um jeito bem prático.